05/07/2013

Alunos da Apae-DF embarcam no universo dos Cheerleaders para projeto de psicomotricidade


Em 2013, o Programa Acadêmico da APAE-DF passou a contar com atividades pedagógicas na área da psicomotricidade. A proposta é desenvolver o aluno com deficiência intelectual por meio da relação existente entre seu corpo em movimento e sua comunicação com os mundos interno e externo. Considerando que “esporte e dança” formam o tema gerador adotado para as ações pedagógicas do semestre, a equipe da Associação resolveu adotar o universo dos animadores de torcida (cheerleading) como base de trabalho. 


Os alunos participaram de todas as etapas do projeto, desde a pesquisa do conceito de um cheerleader até a criação de uma apresentação típica dos profissionais da área. Entre as curiosidades, os aprendizes da Associação descobriram que a prática é considerada um esporte completo. Além dos aspectos motores, o Cheerleading desenvolve questões como empreendedorismo, administração de pessoas, controle emocional, exercício da paciência e noções de hierarquia. Os aprendizes ainda tiveram contato e estabeleceram uma parceria com a União Brasileira de Cheerleaders – UBC, organização que reúne os atletas do país na área. 



As primeiras referências históricas do Cheerleading datam de 1898, na universidade de Minnesota (EUA), mas a atividade passou a dar suporte ao futebol americano, na forma de equipes de torcida, a partir de uma ideia apresentada pelo estudante Thomas Peebles na Universidade de Pinceton. De lá para cá, muitas águas rolaram. Na década de 20, as mulheres passaram a fazer parte das equipes de Cheerleading. Nos anos 80, filmes de Hollywood passaram a retratar as Cheerleaders como burras e símbolos sexuais. Embora essa imagem ainda persista em alguns países, o Cheerleading atual assume, cada vez mais, um caráter atlético. O esporte foi se espalhando por diversas partes do mundo. Há equipes na Ásia, Europa, Oceania e também América do Sul, que tem dentre seus representantes países como o Chile e o Equador. Neste ano o Brasil entrou nesse circuito ao se afiliar, através da União Brasileira de Cheerleaders, à International Cheer Union, um dos órgãos gestores do esporte nos Estados Unidos. 


Marcando a semana de encerramento do 1º semestre letivo da APAE-DF, as turmas de psicomotricidade e artes visuais organizaram um evento esportivo, envolvendo uma partida de futebol e uma apresentação simbólica de cheerleading. Foram os próprios alunos, com o apoio das professoras, que escolheram a trilha, produziram uniformes, adereços e definiram o grito de guerra e evolução física. Eles se inspiraram no lema: “Eu seguro a minha mão na sua para que juntos possamos fazer aquilo que não podemos fazer sozinhos”. 


Ao final do evento, todos os envolvidos receberam medalhas de participação e confraternizaram entre si. Essas e outras atividades de psicomotricidade visam trabalhar o processo de maturação dos aprendizes, onde o corpo é entendido como a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. As ações são sustentadas por três conhecimentos básicos: o movimento, o intelecto e o afeto. Como consequência, são trabalhadas questões como individualidade, linguagem e socialização.





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