26/08/2013

Pelo 16º ano consecutivo, Dudu Camargo realiza almoço especial para os aprendizes da APAE-DF


O querido Dudu Camargo, empresário e renomado chef de cozinha da capital, voltou à Apae-DF para oferecer seu exclusivo e aguardado almoço para os aprendizes com deficiências intelectual e múltipla da Associação. Cerca de 400 alunos das quatro unidades de atendimento da Apae (Asa Norte, Guará, Ceilândia e Sobradinho) se reuniram na sede da entidade nesta segunda-feira (26) para receber o chef e apreciar suas saborosas receitas. Pelo 16º ano consecutivo, Dudu e sua equipe preparam um cardápio generoso, com direito a diversos pratos salgados, refrigerantes, sorvetes e muitos confeitos.


Aprendizes e professores das áreas de arte da instituição comandaram a apresentação musical da festa e fizeram uma homenagem ao chef, que recebeu presentes e até dançou com nossos aprendizes. O almoço também coincidiu com as comemorações da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, realizada sempre de 21 a 28 de agosto em todo o país, e com o aniversário de 49 anos de fundação da APAE-DF, comemorado no último dia 20 de agosto.



A equipe da Associação agradece ao carinho e a generosidade de Dudu Camargo e toda sua equipe, que sempre proporcionaram aos nossos aprendizes momentos de muita satisfação e alegria. Muito obrigada!!!












Veja outras fotos do evento: CLIQUE AQUI!


25/08/2013

Mais um atleta da APAE-DF é convocado para representar o Brasil num mundial


Depois de Adriele de Moraes, outro jovem atleta da APAEDF também foi convocado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro para representar o Brasil num campeonato mundial. Será Hiago Moreira dos Santos, que vai participar do SAINSBURY'S SCHOOL GAMES 2013, entre os dias 12 e 15 de setembro, em Sheffield, na Inglaterra.

As professoras Andrea Raulino, Dione Favero, familiares e toda a equipe da APAE-DF parabenizam por essa sua conquista, Hiago. Boa sorte e muito sucesso!!!

Mais informações sobre a competição estão no site oficial:

20/08/2013

APAE completa 49 anos de história no Distrito Federal



Nesta terça-feira (20), a Apae completou mais um ano de ações em favor de pessoas com deficiência intelectual e múltipla no Distrito Federal. Rumo aos seus 50 anos de história no DF, a entidade procura desenvolver suas ações, combater os preconceitos e favorecer a qualidade de vida de seu público beneficiário.

Foi dia 20 de agosto de 1964 que a APAE/DF (ainda chamada APAE Brasília) teve sua fundação registrada numa sala do gabinete de psicologia da Secretaria de Educação do Distrito Federal. A criação de uma APAE na capital federal foi uma reivindicação de algumas famílias de pessoas com deficiência que percebiam a necessidade da ampliação de organizações do terceiro setor em favor dessa causa.  

A cerimônia de fundação foi simples e contou com a presença alguns pais de pessoas com deficiência e professores da rede pública de ensino. Na ocasião, foi nomeada uma diretoria provisória para organizar os trabalhos da associação, tendo a Sra. Dalila de Castro Lacerda como presidente, esposa do então Ministro da Educação e Cultura, Sr. Flávio Suplicy de Lacerda. Como Presidente de Honra da entidade, foi escolhida a Sra. Helena Antipoff , que chegou à cidade naquele dia para as comemorações da 1ª Semana Nacional do Excepcional (hoje rebatizada de Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla).



Helena Wladimirna Antipoff (1892 —1974) foi um psicóloga e pedagoga de origem russa que, depois de obter formação universitária na Russia, Paris e Genebra, passou a se fixar no Brasil a partir de 1929, a convite do governo do estado de Minas Gerais. Ela apoiou a reforma de ensino conhecida como Reforma Francisco Campos-Mário Casassanta. Grande pesquisadora e educadora de crianças com deficiência, Helena Antipoff foi pioneira na introdução da educação especial no Brasil, fundando a primeira Sociedade Pestalozzi nacional. O seu trabalho no Brasil é continuado pela Fundação Helena Antipoff. 

Apesar de fundada quatro anos após a inauguração da Capital Federal, a APAE-DF não começou sua história realizando atendimentos diretos a pessoas com deficiência. Sem possuir uma sede própria, o trabalho da Associação era o de atuar na defesa de direitos das pessoas com deficiência e promover encontros entre familiares para a troca de experiências. As reuniões eram itinerantes, sendo realizadas sempre num local diferente. Por cerca de duas décadas, esses foram os principais focos da entidade, que já percebia a crescente demanda de atendimentos especializados e contínuos para pessoas com deficiência intelectual e múltipla na cidade.

Por iniciativa de algumas professoras do ensino especial, incluindo a professora Maria Helena Alcântara, a Associação começou a elaborar em 1985 o seu primeiro programa de atendimento direto. Considerando as demandas da cidade, que já recebia crianças com deficiência na rede pública de ensino, verificou-se que a maior carência de atendimentos estava concentrada nos jovens e adultos com deficiência intelectual. Desta constatação, surgiu a ideia de focar o trabalho da APAE-DF na Educação Profissional e Colocação no Trabalho. O projeto foi elaborado e, após alguns anos de negociação, uma nova parceria foi confirmada com a Secretaria de Educação da cidade. Ela cederia professores da rede pública para atuarem no projeto e a entidade ficaria responsável por captar os recursos complementares e gerenciar todos os atendimentos. Foi assim que, no segundo semestre de 1989, começaram os atendimentos diretos da APAE-DF. As primeiras oficinas de profissionalização foram montadas em salas cedidas pela Terracap na quadra 508 da Asa Sul, para cerca de 20 aprendizes.

Com o passar dos anos, a associação foi conquistando novas parcerias e ampliando seus atendimentos. Hoje a entidade possui quatro unidades no Distrito Federal e beneficia cerca de 650 pessoas com deficiências intelectual e múltipla por ano. Embora mantenha convênios com a Secretaria de Educação do Distrito Federal e com a Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda, a maioria das ações da entidade continua sendo financiada pela comunidade. São pessoas comuns que colaboram da maneira que podem, seja com doações financeiras, seja com trabalho voluntário. 

São esses colaboradores que fazem a diferença na vida de centenas de pessoas com deficiências intelectual e múltipla atendidas pela APAE-DF. A todos esses familiares e amigos, a Associação dedica suas vitórias e reafirma seu agradecimento. 

Muito obrigada!!!! 

PRINCIPAIS FATOS DA HISTÓRIA DA APAE-DF

1964 – Fundação da APAE-DF no dia 20 de agosto e início da organização da entidade por meio de uma diretoria provisória 

1965 - Eleição da primeira diretoria e aprovação do estatuto da APAE de Brasília (16/10). Inicio dos encontros entre familiares e ações de defesa dos direitos.

1983 – Conquista de terreno e lançamento da pedra fundamental da futura sede da APAE/DF na 711/911 Norte (12/12).

1989 - Início dos atendimentos diretos da APAE/DF (2º semestre), com professores cedidos pela Secretaria de Educação e oficinas montadas em salas cedidas pela Terracap na Asa Sul.

1990 - Assinatura oficial do primeiro convênio com a Secretaria de Educação do DF no dia 31 de outubro e inauguração formal da primeira sede da APAE-DF na W3 Sul, em salas cedidas pela Terracap. 

1994 - Conquista de terreno em Ceilândia (EQNN 6/8) para a criação de núcleo cooperativa, por meio de cessão provisória da Administração Regional da Cidade. 

1994 – Inauguração da nova sede da APAE-DF na Asa Norte (711/911 Norte) no dia 24 de março, com prédio construído com recursos da comunidade arrecadados ao longo da história da associação no DF. 

1995 - Inauguração do Núcleo Cooperativo de Ceilândia, no dia 12 de maio, em terreno cedido pela Administração da cidade na EQNN 6/8 e instalações financiadas com doações da comunidade e corte nacional. 

2003 - Criação da Oficina Protegida Terapêutica na Sede, dando início ao Programa de Atendimento Sócio-ocupacional, para os aprendizes mais comprometidos ou em processo de envelhecimento. 

2003 – Inauguração da ampliação do núcleo de Ceilândia no dia 31 de outubro, com a construção de um novo galpão de 216 m² financiado pela Embaixada da Finlândia no Brasil. 

2005 - Inauguração do Centro Vocacional e Tecnológico de Sobradinho no dia 23 de março, financiado com recursos do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e da Embaixada da Finlândia no Brasil. 

2006 – Lançamento do Projeto de Higienização, Conservação e Pequenos Reparos de Bens Culturais no dia 16 de outubro, ação realizada numa parceria entre a APAE-DF e a UnB para a qualificação profissional com foco no trabalho apoiado. 

2006 – Modernização e Reinauguração do Núcleo de Ceilândia como Centro Vocacional e Tecnológico no dia 16 de março, com recursos do Ministério da Ciência e Tecnologia. 

2006 - Inauguração da Cooperativa Inclusiva Maria Flor no dia 21 de novembro, projeto idealizado pela APAE e realizado com o patrocínio da Petrobras.

2007 - Aprendiz Raimunda Nonata, de 28 anos, foi a primeira atleta da APAE-DF a conquistar medalhas no Campeonato Mundial de Atletismo para Deficientes Mentais, realizado em Fortaleza no período de 16 a 23 de setembro. As medalhas foram nas categorias de 3 mil e 5 mil metros.

2008 - Formatura da primeira turma do projeto de Higienização e Pequenos Reparos de Bens Culturais na UnB no dia 24 de março, viabilizando a contratação da primeira equipe de trabalho apoiado para higienização de livros na Biblioteca do Senado Federal no dia 03 de dezembro. 

2009 - Inauguração do Telecentro “Apae Acessível” no dia 22 de setembro, com estrutura de inclusão digital financiada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, Caixa Seguros e Comunidade. 

2010 - APAE-DF assina novo convênio com a SEDEST no dia 12 de março, para cessão de recursos destinados a financiar parte dos gastos com aprendizes de baixa renda. 


16/08/2013

Coordenadora da APAE/DF fala sobre a importância da Educação Especializada como alternativa ao Ensino Regular

Entrevista da nossa coordenadora Cecília Muraro Alecrim sobre a mobilização das APAEs em favor da permanência das Escolas Especiais como alternativa de atendimento dentro do Plano Nacional de Educação (PNE) e contra a inclusão radical, que pretende disponibilizar apenas a educação regular como opção de atendimento educacional para pessoas com deficiência!

 


15/08/2013

Mobilização: Movimento Apaeano mostrou sua força no Congresso Nacional


Com mais de 5.000 participantes, a mobilização, realizada no dia 14/08/2013, organizada pelo Fórum Nacional de Entidades de e para Pessoas com Deficiência, liderada pela Presidente da Federação Nacional das Apaes, Aracy Lêdo, entrou para a historia do Movimento Apaeno. 

A Mobilização, que teve sua concentração em frente ao Museu da República, com marcha em direção ao Senado Federal, contou com a participação das APAEs e entidades para pessoas com deficiência de todo o Brasil, onde uma comitiva formada por representantes das entidades participantes da mobilização foram recebidas pelo Senador Cyro Miranda – Presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte, apoiado por parlamentares que garantiram a manutenção do texto da Meta 4 e suas estratégias no Plano Nacional de Educação – PNE, aprovado na Câmara dos Deputados. 


Neste ato, a Presidente da FENAPAEs, Aracy Lêdo, apoiada pelo Presidente da FEAPAEs – MG e Deputado Federal, Dr. Eduardo Barbosa, defenderam a permanência das escolas especiais e também a inclusão nas escolas regulares de forma responsável e com coexistência da escola especial que promove a inclusão social. A Presidente Aracy, que é a favor da inclusão, lembrou que esta deve ser realizada de forma gradual e respeitando um processo de inclusão e, principalmente, a preferência das famílias escolherem onde querem que seus filhos estudem. 

Com esta fala, o ato ganhou o apoio do Senador Cyro Miranda, afirmando que “o texto aprovado na Câmara não necessitava de alteração no Senado Federal”; com isso, a reivindicação, por meio Ofício, entregue ao Senador, teve o apoio unânime dos demais parlamentares que ali estavam presentes. 

A Presidente da FENAPAEs também entregou o documento nas mãos do Senador Álvaro Dias, que será relator do PNE na Comissão de Educação do Senado, e este afirmou que iria restabelecer o texto aprovado na Câmara dos Deputados. 

O Senador Vital do Rego, Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), também demonstrou apoio a favor das APAEs onde afirmou que irá encaminhar as reivindicações aos Senadores membros da comissão do CCJ e que também irá votar a favor das escolas especiais. 

Ao final da Mobilização a Presidente da FENAPAEs, Aracy Lêdo, juntamente com o Presidente da FEAPEs – MG e Deputado Federal Dr. Eduardo Barbosa apresentaram o resultado final da mobilização aos participantes que ainda se encontravam no gramado em frente ao Senado Federal, informando-os que o Movimento das APAEs, juntamente com as entidades que fazem parte do Fórum Nacional de Entidades de e para Pessoas com Deficiência, conseguiram colocar nas mãos dos responsáveis que irão analisar a proposta, e que estes prometeram trabalhar a favor da manutenção do texto da Meta 4 e suas estratégias. 

A Mobilização contou também com a presença dos Deputados Federais Alfredo Kaefer, Otávio Leite, Mara Garilli, Eduardo Azeredo, Izalci, Perpétua Almeida, e Dr. Ubiali, Presidente da Federação das Apaes do Estado de São Paulo. Os Senadores Rodrigo Rollemberg, Inácio Arruda, Líndice da Mata e Ana Amélia, Vice-Presidente da Comissão de Educação que escutaram as reivindicações e também se manifestaram a favor das escolas especiais. 

 A mobilização teve representantes da Federação Nacional das Associações Pestalozzi, Sindicato dos Professores no Distrito Federal (SINPRO-DF), entidades para pessoas com deficiência e com altas habilidades e superdotação de todo o Brasil, como por exemplo, a APAED-DF, e também presidentes de Federações das Apaes de vários Estados do país. 


 Já no dia 15 de agosto – quinta feira, a Audiência Pública promovida pelo Senador Paulo Paim, Presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte, juntamente com a Presidente da Comissão de Direitos Humanos, Senadora Ana Rita, teve como proposta a discussão sobre a Violação dos Direitos das APAEs, onde receberam a Presidente da FENAPAEs, Aracy Lêdo, juntamente com a Coordenadora Nacional de Educação e Ação Pedagógica também da FENAPAEs, Fabiana Maria das Graças Oliveira, e a representante do Ministério da Educação, senhora Martinha Clarete, para exposição de motivos e assim tentarem um entendimento quanto às reivindicações do dia 14/08/2013. 

A audiência contou com a presença das APAEs que permaneceram em Brasília, Presidentes de FEAPAEs, Vereadores, Deputado do Rio Grande do Sul e representantes de entidades para pessoas com Deficiência, como, por exemplo, o senhor Moises Bauer, da Organização Nacional dos Cegos do Brasil–ONCB, que com sua fala levantou apoio dos participantes no plenário da audiência.

As representantes da FENAPAEs puderam contrapor, de forma plausível, as estatísticas de inclusão apresentadas pelo MEC, onde a representante e Coordenadora Fabiana Maria das Graças Oliveira rebateu, de forma técnica, os argumentos sobre esta inclusão proposta pelo MEC, e contou o apoio dos relatos dos vários participantes que possuem em suas famílias pessoas com algum tipo de deficiência, seja ela intelectual ou múltipla. 

Com este apoio, a Presidente Aracy reforçou a importância da inclusão no texto da Meta 4 da palavra “PREFERENCIAL”, pois as famílias necessitam desta preferência e têm o direito de escolherem onde melhor adequar a educação dos seus filhos com deficiência.

Ao final da audiência pública, ficou agendado, para as próximas semanas, uma audiência com o Ministro de Educação, senhor Aloizio Mercadante, para que ele possa receber e ouvir as reivindicações para a manutenção do texto da Meta 4 e suas estratégias proposta pelo Fórum Nacional de Entidades de e para Pessoas com Deficiência. Para esta audiência, criou-se uma comissão, que é formada pela presidente da FENAPAEs – Aracy Lêdo, Coordenadora Nacional de Educação e Ação Pedagógica da FENAPAEs, Fabiana Maria das Graças Oliveira, Deputado Federal e Presidente de FEAPAEs – MG, Dr. Eduardo Barbosa, Procuradora da FENAPAEs, Drª. Rosangela Maria Wolff de Quadros Moro e o representante da ONCB – Moises Bauer.

Estes dois dias de intensas mobilizações teve uma grande resposta a favor das APAEs. No mesmo dia 15, a Presidente da Federação Nacional das APAEs foi recebida pela Ministra - Chefe da Casa Civil senhora Gleisi Hoffmann, no qual pode expor as reivindicações para a manutenção da Meta 4 e suas estratégias. 


A Ministra colocou-se a favor das reivindicações, informando que ao atual texto apresentado pelo Senado Federal não está de acordo com as políticas públicas defendidas pelo atual Governo.

O recado foi passado e recebido pelos principais responsáveis pelo Plano Nacional de Educação, e este ainda será votado no Senado. O Movimento Apaeano, junto ao Fórum Nacional de Entidades de e para Pessoas com Deficiência, e outras entidades que trabalham a favor da Pessoa com Deficiência, estarão acompanhando todo o processo de tramites para votação, para que assim possamos garantir a permanência das escolas especiais e a preferência das famílias.

Fonte e mais fotos: FENAPAES


01/08/2013

Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla 2013


Desde 1964, sempre no período de 21 a 28 de agosto, o Movimento Apaeano promove a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla (incialmente chamado de Semana Nacional do Excepcional). A proposta, desde o início, é promover ações em favor da visibilidade desse público, garantindo melhores condições para sua inclusão social e qualidade de vida. Para reflexão, debate e orientação dos trabalhos da Semana em 2013, o Movimento Apaeano propõe, como foco central, o enfrentamento às diferenças que as pessoas com deficiência intelectual e múltipla e suas famílias vivenciam diariamente para inclusão social. Por isso o tema geral: “Desafiando os limites, diminuindo as diferenças”.

A luta por garantia de direitos humanos passou a ter grande força no século XX, quando foram ocorrendo mudanças no entendimento social em relação às pessoas com deficiência, impulsionadas pelos novos paradigmas de dignidade pensados principalmente após a criação da Organização das Nações Unidas (ONU) em 1945, pautados pelos valores éticos relativos à diversidade humana, considerados a partir da universalização dos direitos fundamentais, a todas as classes, independente do aspecto físico, intelectual ou sensorial. A abordagem em relação à deficiência no contexto brasileiro foi então pautada durante muito tempo pela consideração biológica da deficiência, em que era analisado o comprometimento do indivíduo, sendo a deficiência uma característica, que necessita então de alguma intervenção profissional para aperfeiçoá-la ou corrigi-la. Isso fez com que surgissem, na segunda metade do século XX, uma série de métodos para diagnósticos e classificações de deficiências, como é possível citar o influente Modelo de Deficiência desenvolvido por Saad Z. Nagi.
Em 1980, a Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou uma classificação complementar à Classificação Internacional de Doenças (CID) à Classificação Internacional de Deficiências, Incapacidades e Desvantagens (CIDID), que consideram deficiência como sendo uma ou mais restrições que impeçam o indivíduo de exercer atividades normalmente executáveis, considerando sua idade, sexo, condições sociais e culturais, focando ainda na deficiência unicamente como característica do sujeito.
Em 2001, a Assembleia Mundial de Saúde aprovou o texto da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), cujo texto se baseia na abordagem biopsicossocial que “... tenta chegar a uma síntese que ofereça uma visão coerente das diferentes perspectivas de saúde: biológica, individual e social.” No Anexo 5 do documento, é ressaltada uma preocupação com o estigma da deficiência como uma forma de menosprezo da pessoa.
No entanto, esta abordagem traz consigo o problema que poderia ser chamado de “saneamento de termos”. Os atributos negativos da condição de saúde de uma pessoa e a maneira como as outras pessoas reagem a essa condição são independentes dos termos utilizados para definir a condição. Seja qual for o termo atribuído à incapacidade, ela existe independentemente dos rótulos.
O problema não é apenas uma questão de linguagem, mas também, e principalmente, uma questão das atitudes dos outros indivíduos e da sociedade em relação à incapacidade. (OMS, 2003, p. 198)
No ano de 2006, foi publicada a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da Organização das Nações Unidas (ONU), ratificada em 2008 pelo Brasil, que defini em seu Artigo primeiro, que “Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de natureza física, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas.” (ONU, 2006, p. 3) A deficiência passa a ser considerada a partir do contexto social e não mais somente biológico, sendo os impedimentos da pessoa causados principalmente pelas barreiras sociais, sejam elas arquitetônicas ou atitudinais e não mais somente por características biológicas. Essa posição retira da pessoa o estigma da deficiência e a coloca na estrutura organizacional da sociedade, sendo a sociedade a causadora de deficiências, a partir dos impedimentos que impõe às pessoas. Os limites a serem superados são as barreiras sociais, que impedem o pleno exercício das capacidades da pessoa com deficiência, não lhes oferecendo os devidos apoios para que tenha condição desempenhar com eficiência suas ações.
O movimento das Apaes tem, historicamente, acompanhado e lutado para afirmação da inclusão social das pessoas com deficiência e o reconhecimento de sua autonomia e capacidades. A Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual surge como um momento para dar visibilidade a essas questões, promover o debate e provocar novas iniciativas que favoreçam uma melhor qualidade de vida para essas pessoas.
 

Espanha tem sua primeira vereadora com síndrome de Down


Fonte: EFE/Terra
 
Emocionada, Ángela Bachiller se tornou na segunda-feira (29) a primeira vereadora com síndrome de Down da Espanha, na cidade de Valladolid, de 311.000 habitantes.
 
Ángela tomou posse no meio de uma grande expectativa e admiração dos vallisoletanos por sua "coragem" e seus anos de luta pela normalização e integração de pessoas portadoras de necessidade especiais, como ela.
 
A jovem auxiliar administrativa, sentada hoje nas cadeiras do Partido Popular (PP), de centro-direita, com sua medalha de vereadora ao pescoço, é a imagem da igualdade, e vai ser uma vereadora mais "preparada", "educada", "discreta", como a definiu sua mãe Isabel Guerra.
 
Ángela jurou lealdade ao rei Juan Carlos I e a cumprir a Constituição diante dos flashes de muitos membros da imprensa interessados em registrar o momento inédito.
 
Ángela Bachiller se candidatou às últimas eleições municipais de Valladolid, que aconteceram em maio de 2011, na lista do PP, e após a renúncia do vereador Jesus García Galván, acusado de corrupção urbanística, se apresentou para ocupar a vaga.
 
"Obrigado por tudo, por terem confiado em mim", disse ao término da sessão plenária, em entrevista coletiva, acompanhada do prefeito de Valladolid, Javier León de la Riva, tão emocionada que não conseguiu dizer mais nada.
 
 
León de la Riva disse que o caso de Ángela é um exemplo da política da prefeitura a favor da integração dos portadores de deficiência, e lembrou que na última legislatura teve o primeiro cadeirante da Espanha.
 
Sua família "lutou desde o minuto em que nasceu", disse à imprensa a mãe da nova vereadora.
 
Isabel Guerra, enfermeira de profissão, se mostrou orgulhosa da filha, por sua "coragem" e por "não jogar a toalha", embora reconheça que nunca tenha imaginado que pudesse chegar a ser vereadora.
 
A receita para alcançar essa posição na vida foi "muito amor, muita disciplina, muito trabalho e uma vida normal em tudo", disse a mãe de Bachiller. E o conselho materno é para que Ángela aprenda e desfrute desta experiência como vereadora para que o passo dado "deixe de ser visto como extraordinário e passe a ser normal".
 
Neste dia tão especial, Ángela Bachiller esteve cercada pelos pais, sua irmã Lara, seus avôs Juani e Ángel, que mesmo aos 86 anos não abriram mão de ver este momento, e seus companheiros da Associação Síndrome de Down.