21/02/2011

STF realiza primeira visitação com funcionários com deficiência intelectual

Matéria publicada na Intranet do Supremo Tribunal Federal.
(18/02/2011)


Com olhares curiosos, atentos a todos os detalhes e sem vergonha de perguntar, os quatro profissionais com deficiência intelectual que trabalham na Coordenadoria de Gestão Documental e Memória Institucional, da Secretaria de Documentação, estiveram esta semana conhecendo as dependências do STF.

O grupo formado por deficientes intelectuais da APAE ingressou no Supremo em janeiro deste ano e não conhecia as instalações da Casa. Com a intenção de integrá-los e fornecer conhecimento sobre o seu lugar de trabalho, Cleusa Vasconcelos, da Assessoria de Gestão Estratégica, bem como a assistente social Cristina Viana, coordenadora do Programa de Inclusão Social da Pessoa com Deficiência – STF sem Barreiras, organizaram uma visitação com os novos funcionários.

Guiados pela instrutora-líder do Programa de Visitação do STF –Supremo Portas Abertas, Yara de Oliveira, os funcionários conheceram as instalações da TV e Rádio Justiça, os salões Nobre, Branco e dos Bustos, passaram pelo Plenário da Casa e visitaram a Seção de Memória Institucional.

Durante o passeio, a guia trouxe explicações sobre a história da Corte, seus membros, ex-presidentes, tradições, móveis antigos, visitas de cortesia, entre outros assuntos. A curiosidade pela história e pelos objetos chamou a atenção de Guilhermo Cavalcanti, que questionou Yara sobre o posicionamento das autoridades no Plenário.

A passagem pelo Salão Nobre despertou o interesse do grupo, que quis saber quais chefes de Estado já estiveram no STF. A resposta veio com a ajuda da Seção de Memória Institucional, que apresentou fotografias das diversas visitas de presidentes, reis e primeiros ministros ao Supremo.

O Salão Branco também foi alvo da perspicácia de Diego Miranda, que percebeu a presença da ministra Ellen Gracie no painel dos ex-presidentes. Ele ficou tão intrigado que teve o trabalho de descobrir a quantidade de fotografias do local. “O lugar que mais gostei foi o Salão Branco, achei interessante ver a foto de uma única mulher no meio de 50 homens”, contou Diego ao se impressionar com a figura da ministra.

Ao passar pela TV e Rádio Justiça, embora tímidos, os meninos não resistiram aos estúdios e aparelhos e quiseram conhecer de perto o funcionamento das emissoras. “Não imaginei que fosse tão grande esse lugar”, disse Adriano Oliveira.


Já seus amigos não se contiveram e fizeram pose no estúdio, onde puderam conhecer a central técnica da TV e a sala de controle. Para Haroldo Martin, o passeio foi muito interessante. Ele o considerou uma forma de adquirir novos conhecimentos sobre a história da Suprema Corte. “Gostei muito da visita, adquiri mais experiência conhecendo um pouco mais sobre o passado do Tribunal, afinal sem o passado não há presente ou futuro”, concluiu.

A assistente social Cristina Viana, que acompanhou de perto as observações dos jovens pelo Tribunal, destacou a importância desse trabalho. Para ela, esta é a primeira vez que o STF proporciona esse tipo de visitação para funcionários com deficiência, mas que pode ser uma ideia a ser passada para o programa de visitação – Supremo Portas Abertas. “Nós pretendemos capacitar um grupo de servidores para recepcionar visitantes surdos, mudos, cegos, entre outros que podem visitar a Casa”.

Para Yara, essa é uma ótima iniciativa. Ela, que já trabalha com o programa de visitação há mais de dez anos, diz ter sido esta a primeira vez que atendeu um grupo tão especial e destaca a necessidade de se ter instrutores treinados para receber pessoas com deficiência.

18/02/2011

Supremo recebe profissionais com deficiência intelectual



Matéria publicada na intranet do Supremo Tribunal Federal.
(20/01/2011)

A Coordenadoria de Gestão Documental e Memória Institucional (CDOC), subordinada à Secretaria de Documentação do Supremo, recebeu em janeiro quatro novos profissionais em higienização, conservação e pequenos reparos de bens culturais. Todos eles são deficientes intelectuais integrantes da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE/DF), contratados para trabalhar no Tribunal em razão de um acordo firmado em dezembro de 2010 com essa instituição.

Guilhermo Cavalcanti, Diego Miranda, Adriano Oliveira e Haroldo Martin fazem parte do Programa de Inclusão de Pessoas com Déficit Intelectual da APAE/DF e começaram a trabalhar na Seção de Arquivo com a restauração e higienização dos documentos. Esse é o primeiro emprego deles.

O trabalho com carteira assinada e com todos os diretos trabalhistas garantidos é uma conquista importante. Para a pedagoga Ana Maria Simeão, supervisora da APAE aqui no Tribunal, essa é uma grande vitória. Ela, que já trabalha com educação especial há 18 anos, sente-se edificada com a realização do sonho de vê-los no mercado de trabalho. “Sinto que eles foram verdadeiramente incluídos, e esse é o nosso maior objetivo”, justifica.

A coordenadora de Gestão Documental e Memória Institucional, Kathya Bezerra, também está contente com a contratação dos quatro. Admirada com a força de vontade e com a dedicação dos rapazes, ela nos conta que eles são muito responsáveis, pontuais e superaram suas expectativas. “São todos muito bons profissionais e demonstram comprometimento com o serviço, além disso, o carinho e a simpatia deles nos conquistaram. Estou encantada com todos eles”, declara.

Profissionais
Haroldo, de 25 anos, destaca-se por sua delicadeza e simpatia. Poeta, pintor e desenhista, ele vê na arte uma maneira de expressar-se. Vir trabalhar no Supremo deixou sua família muito satisfeita. Segundo Haroldo, esse momento é visto como uma oportunidade de conhecer o mundo: “Sabe quando você passa a vida inteira cuidando de um passarinho até ele ganhar forças para abrir asas e voar? Assim estou me sentido. Agora estamos prontos para voar, estamos abrindo as asas e voando. O mundo está aí e nós nos preparamos para enfrentá-lo”, justifica. Ele é um dos primeiros a chegar ao trabalho e é quem organiza as ferramentas e separa seu material para executar suas atividades. “Para mim, este trabalho é muito importante, porque estamos ajudando a recuperar a história, de um certo modo”, avalia. Haroldo se diz muito contente com o primeiro emprego, pois agora poderá ganhar seu dinheiro e ajudar a família.

Já Adriano (28), o mais velho da turma, é tímido e reservado. Não é muito de conversar, mas distribui alegria e revela vontade de trabalhar. Ele mora com a mãe e os sete irmãos em Planaltina-DF. Com o emprego no Tribunal, vai poder ajudar a família e, quem sabe, pensar num futuro com mais oportunidades. “Agora vou poder ajudar em casa, e principalmente minha mãe, que está desempregada”, declara.

Seu colega Guilhermo (26) esbanja simpatia. De um carisma contagiante, ficou à vontade para contar com entusiasmo o grande presente que recebeu no começo do ano: “Queria muito trabalhar, pedi a Deus que me desse um emprego e fiquei muito feliz quando soube da notícia, ainda mais porque descobri que iria ficar ao lado da minha amiga Ana Maria”, diz. Evangélico, acredita que Deus atendeu suas orações e conta com emoção esse momento: “A alegria foi tanta que chorei muito e agradeci a Jesus por este emprego”. A esperança não para por aqui. Gilhermo pretende realizar outros sonhos, como o de aprender a ler e a escrever.

Diego (18), o caçula da turma, é tímido como o amigo Adriano, mas expressa enorme gratidão pelo primeiro emprego. Pontual e cuidadoso com sua aparência, procura sempre fazer o melhor que pode como higienizador de documentos e se diz satisfeito por trabalhar na Seção de Arquivo. Ele mora só com a mãe, a única a sustentar a família até então. Diego diz não gostar muito de estudar, mas prometeu se dedicar à profissão, a qual fez dele o novo homem da casa.

Os quatro jovens já se preparam para essa profissão há três anos por meio do Projeto de Higienização, Conservação e Pequenos Reparos de Bens Culturais da Universidade de Brasília (UnB), que faz parceria com a APAE desde 2006. Esse projeto visa à geração de renda para pessoas com deficiência intelectual e múltipla, por meio da qualificação profissional.

O projeto procura estabelecer contatos com outras instituições para viabilizar a contratação desses aprendizes qualificados, seja por meio da modalidade de emprego competitivo tradicional, seja pelo emprego apoiado - quando um ou mais aprendizes são contratados para trabalhar tendo o respaldo constante de um instrutor - como é o caso do STF.

15/02/2011

Aprendizes da APAE-DF participam do projeto Dança Especial

Matéria “Dança Especial” publicada pela revista "Brasília que Dança"



O projeto brasiliense “Dançar Especial” é uma prova de que a dança pode chegar a todas as pessoas, independente das suas dificuldades. Dançar é uma atividade que exige disciplina, esforço e vontade. Pensando nas pessoas que apesar das dificuldades possuem essas características, o professor de Educação Física, Eduardo Landívar, formalizou e conseguiu o apoio da Secretaria de Cultura do Distrito Federal, por meio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) para começar um projeto que visa levar a dança a deficientes intelectuais. Dançar Especial é um projeto novo em Brasília, mas que já reflete sua importância para a cidade.

A iniciativa quer mostrar a arte da dança por meio dos deficientes. Para isso, a equipe é dividida entre professores de dança e monitores que se esforçam para que o grupo desenvolva uma apresentação artística. Eles desejam que os alunos se apresentem nas principais instituições de ensino que dão apoio às pessoas com necessidades especiais. Assim. Poderão incentivá-los a participarem de projetos como este.

S aulas de dança acontecem duas vezes por semana na academia Dance & Cia, na Asa Norte. O espaço oferece uma excelente estrutura para a prática das atividades, além de ser próximo da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais do Distrito Federal (APAE-DF), instituição que faz parte do projeto, facilitando a chegada dos alunos ao local.

O trabalho da APAE, maior movimento do mundo em prol do desenvolvimento dos deficientes intelectuais, tem como objetivo dar autonomia para todas as pessoas necessitadas, promovendo a educação profissional e o encaminhamento delas para o mercado de trabalho.

Oferecer a possiblidade de autonomia, principalmente, na parte psicomotora e social também é a intenção das aulas de dança. “Eles entram em contato com outras pessoas, com o corpo de outras pessoas e com o próprio corpo. Então acabam tendo uma consciência maior das possiblidades que tem de realizar uma manifestação artística com a música por meio da dança e assim, se tornam mais autoconfiantes”, explica Eduardo.

14/02/2011

CVV Brasília seleciona voluntários


O Centro de Valorização da Vida (CVV) realizará um curso gratuito destinado à seleção de voluntários para atuarem em seu programa de prevenção ao suicídio e valorização da vida. O CVV é um serviço que funciona 24 horas por dia e todos os dias do ano, podendo ser contatado por telefone, visita pessoal, correspondência e outros meios.

Quando uma pessoa procura o CVV geralmente se encontra propensa ou determinada a praticar o suicídio, e encontra alí a integral disponibilidade dos voluntários, durante o tempo que for necessário. No entanto, o número de voluntários está restrito, o que pode comprometer o programa.

O curso de seleção de voluntário para Brasília será realizado no dia 12 de março de 2011 (sábado), às 14 horas. Informações pelos fones: 3326-4111 ou 141. Mais informações sobre o CVV no site: www.cvv.org.br

10/02/2011

Aprendizes retomam atividades na APAE-DF

Nesta quarta-feira, os 400 aprendizes beneficiados pela Apae do Distrito Federal retomaram as atividades nos núcleos da Associação em Brasília, Guará, Ceilândia e Sobradinho. Durante o recesso, apenas os aprendizes mais carentes, beneficiados pelo convênio da instituição com a SEDEST, tiveram atendimento por parte de instrutores próprios da instituição.

Os professores cedidos pela Secretaria de Educação do Distrito Federal retornaram ao trabalho ontem e tiveram uma reunião para receber as boas-vindas da coordenação da entidade e finalizar os últimos detalhes para a recepção dos aprendizes. Os novos professores efetivos e temporários que iniciam seu trabalho na entidade já começam a receber orientações para garantir a continuidade do atendimento com a qualidade esperada.

Com uma nova diretoria eleita para a gestão 2011/2013, a proposta da APAE-DF é continuar desenvolvendo seu programa de Educação Profissional e Trabalho e ampliar, na medida do possível, o Programa de Atendimento Sócio-ocupacional, voltado para aprendizes mais comprometidos ou em processo de envelhecimento. O Programa Acadêmico e as atividades complementares de arte, esporte, cultura e lazer continuarão sendo oferecidas.